quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A moléstia das três corridas nas semanas mais que ardidas

Esse tempo realmente me deixa em estado de extrema indolência. Um tempo onde eu não consigo produzir nada e tudo o que eu faço, seja esforço físico ou mental, me canso rapidamente. Minhas obrigações ficam quase sempre em cima da hora planejada. O horário de uma hora a mais no relógio só agrava esta situação deixando o tempo mais corrido do que o "normal", fazendo que eu acorde com olheiras, tonteiras, enfim um estado de moléstia insuportável. Saio de casa três vezes na semana por volta das 17:30 na intenção de pegar um ônibus no horário de 18:00h e tudo o que eu consigo é ter que correr como um louco em busca do terminal devido não ter conseguido me arrumar a tempo. Fico ofegante e transpiro feito um porco que devido a falta de uma glândula específica rola no lama na intenção de buscar uma sensação de alívio. O suor sai dos meus poros tão rápido quanto as palavras de baixo calão que profiro aos quatro cantos. Às vezes me sinto bem quando as digo, pois parece que entro em um estado de tranquilidade comigo mesmo. O fato é que esse tempo, essas horas, esse sol ardido, me causam um "calor que definitivamente não me provoca arrepio". As tardes parecem que não vão ter fim e eu torço pra que a noite chegue na ânsia de ter raros momentos refrescantes nessas vinte quatro horas do mais puro fogo. Um fogo que me lembra um caldeirão enorme onde eu sou mais um dos tantos ingredientes que vão se desfazendo com um cozimento voraz desta sopa antropofágica.

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