terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Hoje eu senti uma dor. Era uma dor bem fina, dessas que insistem em ficar martelando em nossas cabeças e descem para nosso peito colocando – nos na mais profunda tristeza. Às vezes fazemos coisas que pensamos estar agradando a todos e nos esquecemos que vivemos num mundo de gregos e troianos. Agimos com boa vontade em nossas decisões ou até mesmo sugestões pensando estar fazendo o correto, o que seria o certo, a opção mais óbvia daquele momento e nos deparamos com nossa mais perfeita insensatez de pensar pelos outros ou pensar na frente. Não sei o que eu fiz, essa é a minha mais pura verdade. Não estava totalmente interessado no desejo carnal, mas sim em ter mais contato isolado, mais convivência entre duas pessoas e o que viesse daí para frente seria a mais pura das conseqüências de algum ato produzido pela nossa volúpia que se manifestaria de ambos os corpos. É como se fosse repetir aquela velha frase: “quando um não quer dois não brigam”. Tomei na verdade um balde de água fria com uma declaração que não estava no script desse romance lisérgico regrado a noites quentes e desvairadas rasgando a madrugada, vendo o dia nascer sobre uma calçada íngreme. Fiquei em estado de solidão para pensar bem no que estava fazendo, que atitude minha foi essa que causou um momento minado em tensões num começo de noite de um domingo que fora totalmente ensolarado um dia feliz. Não sei se alguém tem culpa, se houve falta de informação, mas algo ainda dói neste peito que sempre apanha e que se julga calejado pelas surras da vida, mas no fim das contas vê que cada uma delas tem um golpe diferente e acaba novamente sentindo dores aparentemente intermináveis. O que mais me preocupa é como andar daqui para frente? Será que tudo voltará ao normal? Passaremos uma borracha em tal constrangimento ou eu ficarei com uma imagem arranhada? São perguntas de um filme mexicano ao qual em determinadas cenas não queria se quer atuar.

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