quarta-feira, 26 de março de 2008

Rostos juvenis

As manhãs são intensas e vorazes tanto física quanto mentalmente. Às acho que irei sucumbir devido ao enorme cansaço que toma conta do meu corpo. Subo enormes ladeiras, transpiro na maior parte das vezes, chego a pensar que estou pagando promessas. Logo depois começo a entender que isso foi o que sempre desejei. Sempre desejei alcançar as coisas pelo meu próprio esforço e parece que chegou o grande dia. O dia "D"!
Os rostos não são dos mais agradáveis. Pessoas um tanto quanto arrogantes, preconceituosas são as mais encontradas. Por pior que sejam, sempre enxergo algo que ali dentro pode ser modificado para todo o sempre. Suas cabeças aos poucos vão se abrindo e dando lugar a pensamentos mais amplos, ou seja, a escuridão da ignorância abre - se ao intelecto juvenil onde a tendência será única exclusivamente aumentar. Me esforço todas as noites para dar o melhor de mim e no dia seguinte chego a conclusão: não está sendo fácil! E esta conclusão não poderia ser diferente. Sempre gostei dos desafios, da vontade de lutar.Nunca na vida quiz ser chamado de herói, mas sempre fiz questão de me empenhar para ter bom caráter e repassá - lo aos outros.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Medo de perder procurando

Não gosto daquele tipo de ser que não se movimenta, que parece estar amarrado, preso a uma dessas bolas de chumbo da idade média onde os presos eram torturados. Pessoas em estado de inércia me irritam de tal forma que chego a sentir náuseas, repulsa pelas mesmas. Temos que sentir dentro de cada um de nós um espírito mais revolucionário, sem qualquer teor de medo que nos impeça de arriscar pois o medo a qual estamos sendo travados nada mais é do que uma simples comoção que necessita de ajuste. Uma peça solta que uma vez perdemos e só depois sentiremos falta e arrependimento por não tentar descobrir o motivo da soltura, da verdadeira perda que um dia nos fará mal por dentro pelo nosso MEDO.
"Em suma, tanto naquelas leituras se enfrascou, que passava a noite de claro em claro e os dias de escuro em escuro, e assim do pouco dormir e do muito ler, se lhe secou o cérebro, de maneira que chegou a perder o juízo. Encheu - se - lhe de tal modo na imaginação ser verdade toda aquela máquina de sonhadas invenções quel lia, que para ele não havia história mais certa do mundo.(...)Afinal, rematado já de todo juízo deu no mais estranho pensamento em que nunca jamais caiu louco algum do mundo e foi: parecer - lhe convinhável e necessário, assim para o aumento de sua própria honra, como para proveito da república, fazer - se cavalheiro andante, e ir - se por todo mundo, com suas armas e cavalo, á cata de aventuras, e exercitar - se em tudo em que tinha lido se exercitavam os da andante cavalaria, desfazendo todo gênero de agravos e pondo-se em ocasiões e perigos donde, levando - os a cabo cobrasse perpértuo nome e fama."

DOM QUIXOTE DE LA MANCHA pág. 32

O camaleão

A partir de hoje sinto um efeito camaleão em minha vida. A vontade de mudanças sempre me fascinou muito, mesmo sem saber, às vezes, pra que lado ela irá me levar, para onde eu deverei ir, em que direção em deverei seguir me lembrando sempre dos meus limites. Limites que se tornam cada vez mais escassos e sem segurança alguma. Sei que eles devem existir mas de que maneira? Qual a fórmula para isso? Será que existe algo que me valha como uma simples receita de bolo?
Essa bola de neve que não se derrete, essa inconstância que me corrói, essa incerteza das coisas, tudo isso faz com eu pense diferente, que eu pense mais sobre as situações mas não vejo a chave para as perguntas perto do meu largo rosto. As pupilas devem estar cansadas. Precisam de algo que as faça ficarem mais e mais abertas para com as soluções da vida que passam em nossos narizes.

Minha inquietude é um vício

E um dia nós descobrimos que se tornar uma pessoa segmentada é pura e simplesmente tolice. Por que devemos nos acostumar a hábitos rotineiros, que qualificam as pessoas como boas e ruins? Por que, ao invés de sermos um ou outro não nos tornemos mais verdadeiros passando a admitir que somos sim frágeis e inúteis seres humanos, que estamos expostos tanto a glória quanto ao doloroso fracasso, tanto a ira quanto a benevolência mesclando um resultado mais satisfatório onde o verdadeiro valor seria: inconstante, ou seja, dependendo de cada momento, de cada situação me torno isso ou aquilo.
Abrir a janela todos os dias de um mesmo modo, guardar roupas de acordo com os tons, passar manteiga no pão em um só sentido...esse metodismo na realidade se torna uma rotina que nos leva ao mais profundo delírio. Passamos a partir daí a cultuar somente o que nos é imposto garganta abaixo, sem opção de escolha pelo feio que você acha lindo. As obrigações existem sim e disso teremos a mais perfeita consciência mas será que nem um dia nem por um momento não poderíamos nos questionar sobre o "por quê" de fazer daquele jeito? Quem disse que sou uma pessoa correta? Quem disse que tenho má índole? Tenho 12 cuecas pretas e só hoje me dei conta que elas andam em fazendo mal! Solução: ficarão expostas num varal até que o vento da mudança as levem pra bem longe dando lugar a novas cores, novos ares, sabores.

quinta-feira, 13 de março de 2008

libertad

Mais de um mês e alguns dias se passaram. Não, não, não! Ainda não constitui um feto, se bem que a quase um ano sinto um certa vontade que me deixa emocionado. Mas o que me refiro seria o fato de estar afastado do famoso tabaco. Tínhamos uma relação não muito ativa, porém, toda vez em que nos encontrávamos, ficamos juntos de maneira exacerbada. Eram longas as conversas com ele entre meus dedos e um copo de bebida para acompanhar. Parecia perfeito! Causava certo amadurecimento, uma vaidade estúpida imposta nos anos 20 pelo “american live”.

Sempre me senti seguro ao seu lado. Não pelo fato de que não poderia contrair alguma doença pulmonar, amarelamento da arcada dentária ou algo que me valha. Mas sim que se um dia fosse acontecer de nos separar, eu teria a quase certeza de seria de comum acordo. Pronto! Iríamos terminar e nossas vidas passariam a andar no mesmo rumo, na mesma calçada, só que em direções opostas.

A quarta – feira de cinzas foi o dia ideal. A partir dali, deveria estar decretado que não poderíamos mais nos ver. Minha boca jamais tocaria na sua, pois meu medo de vício era enorme. Passados alguns dias ocorre a súbita vontade de nos encontrarmos novamente e eu quase que sozinho procurei, mas naquele momento senti um enorme vazio, sentimento de pessoa impotente, sem força de vontade alguma. Pensei duas vezes antes de colocar tudo abaixo e a vontade de nos vermos longe foi mais forte.

Não me julgo forte neste intervalo de tempo, mas me sinto melhor e mais limpo. E esse amigo com milhares de substancias das mais diversas dependências já não faz mais o meu tipo de gosto.

P.S.: DESCULPA AI...FALTA DO QUE ESCREVER MISTURADA COM ACONTECIMENTOS DO MEU COTIDIANO QUE EU NÃO CONSEGUI EXPOR ADEQUADAMENTE, OU SEJA, DESENVOLVIMENTO EM EXPANSÃO TRANSTORNADA...