sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O sol nasce pra alguns de maneira exacerbada

Uma chuva que cai em um dia extremamente quente. O corpo, como já é de costume, se rende ao cansaço provocado pela moléstia. A chuva passa e junto com o cansaço vem uma fase de suor que parecia não ter mais fim deixando – o em prantos. Ao tentar se levantar da enorme e aconchegante cama, o corpo parece não obedecer aos comandos e com muito custo chega até o banheiro de sua casa na esperança de que ao se banhar, tudo voltaria ao normal. Engano seu. O sol parecia não permitir descanso algum, pois exatamente neste dia, o mesmo parecia não estar lá com cara de quem nasce pra todos castigando – o de uma forma um tanto quanto injusta.

Os raios, que além de ultrapassarem àquela cortina densa, atingiam o corpo pálido causando um desconforto prolongado em decorrência da vermelhidão da pele. Era o tão aclamado verão que de certa maneira não o beneficiava em nada e sim o castigava por completo. “Como poderia ser tão ingrato assim” pensara ele que já havia tomado sua dose extra de sol nas costa durante algumas horas de árduo e sufocante serviço de manutenção elétrica e tudo o que mais ansiava eram algumas horas de descanso em sua casa e mesmo assim o sol não o concebera perseguindo – o por todos os cantos. Realmente naquele dia o sol não nascera pra todos, ou na pior das situações, nascera, mas se apegara a outros por demais.

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