sábado, 19 de janeiro de 2008

Negro em horário nobre

Devido as regras impostas pelas frações de classe dominante no Brasil, o negro, ao tentar ingressar no meio educacional, é na maioria das vezes extirpado do mesmo pelo fato do governo não o fornecer devidamente uma boa estrutura que permita terminar seus estudos.

O fato desta questão se dá através de um preconceito asqueroso que assola o país desde a vinda dos negros para esta terra. A abolição de 1888 foi extremamente mal pensada não dando aos negros sequer algum direito gerando assim maiores as chagas do sofrimento suprimindo a uma escravidão contemporânea vista por alguns como algo normal.

E esta mesma “normalidade” faz com que as pessoas alimentem seus preconceitos acostumando com a rotatividade do andar da carruagem. Por não poder contar com uma boa estrutura econômica em sua família, o pai negro acaba tendo que submeter seus próprios filhos ao trabalho fazendo com que os mesmos cresçam sem escolaridade alguma para que garantam o leite do dia seguinte vivendo cada dia de suas vidas sem pensar em um futuro promissor, mas sim pensando em como poderão sobreviver dia após dia na voraz selva de pedras. E isso torna – se pior quando uma pessoa na mesma situação se desespera e é guiado por um meio mais fácil de ganhar dinheiro tornando – se quem sabe um soldado do morro.

Na tentativa de sanar tal problema a Fundação Roberto Marinho insiste numa alfabetização da sociedade pobre através de aulas televisivas como o Telecurso 2000. A questão é: como propor uma barbaridade destas se o horário em que as aulas são apresentadas o trabalhador já está fora de casa trabalhando durante horas.

O mais sensato, a principio, seria mostrar estas aulas televisivas no horário em que são exibidas as espúrias novelas que só mostram os negros chicotados pelas costas abafando todo o conhecimento necessário de sua cultura aumentando o preconceito ordinário onde se coloca o negro sempre como a serviço das pessoas brancas.

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