quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Geração tipo assim


A festa é um tanto quanto semelhante às festas de crianças, porém sem a presença das mesmas. Os convidados são na maioria das vezes pessoas jovens que se misturam a uma decoração totalmente psicodélica em meio às luzes e flashes fazendo com que o mais rápido movimento dos braços torne – se, aos nossos olhos, uma falsa lentidão. Os horários são os mais noturnos possíveis, onde ao mais forte escurecer da negra noite, as velinhas se acendem de um modo exacerbado e os parabéns a você é celebrado com a ausência das palmas e umas batidas musicais repetitivas que penetram nos tímpanos deixando todos em estado elétrico. Os palhaços são totalmente estilizados e rodopiam todo espaço físico da festa dotados dos mais diversificados mala bares encantando todos convidados que se distraem com a grandiosidade da atração circense.
Bolo e guaraná não fazem parte do vasto cardápio, entretanto existem muitos doces pra você onde após um alto consumo de balas, aumentando de forma considerável o nível de serotonina, resultando em uma felicidade momentânea, todos sentem uma sede excessiva e passam a fazer o uso de água como se a mesma fosse a mais nobre bebida ali encontrada.
A música segue noite afora e percebe – se todos tragados na constante amálgama de doces, balas e água sempre com o corpo num movimento frenético, quase involuntário, dançando de um modo totalmente mecanizado fazendo jus à nova face de uma juventude totalmente alienada. São pessoas sem qualquer teor de percepção política, sem certo motivo para tal rebeldia, sem algum poder de contestação com o mundo.
Neste constante andar da carruagem a imagem juvenil de jovens hippies do fim da década de 1960, constantemente relembrada como meio de ilustrar o perfil da contestação, vem aos poucos sendo apagada por esta nova geração antipensante. Jovens com ideais de liberdade, política e democracia afim de pacificar o sanguinolento mundo cravado nessa infeliz selva de pedras, vêm sendo substituídos por outros personagens sem quaisquer ideais, cheios de um vazio intelectual que assombra, causa náusea.

3 comentários:

Coração Alado disse...

você devia ser jornalista, cara!
:)

Fernanda Mafia Guimarães disse...

apoiado! o Warlen leva jeito pra jornalista sim! :D
eu adoro as coisas que você escreve amigo!

Erick Sheldon disse...

jah tem ateh o nome do jornal: diário óoootimo akakkaa
olha soh,se c tiver oportunidade de conversar com a filha da "cimar" la pode sim,talvez ela fala alguma coisa interessante pra vc,beleza?