segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Buracos que tornam a se abrir

Noite estranha às 21h53m e o tempo é também sinônimo de estranha tristeza. Ninguém aqui por perto nessa caixa quadrada e negra com cores distintas ao abrir outras páginas como passatempo em busca de uma conversa com alguém. O tempo vai passando e a expectativa vai diminuindo como o andar das horas que se arrastam para o quase fim das entediantes 24 horas de uma segunda - feira sem grandes novidades. Tudo é monótono que anseio mesmo pelo fim deste dia com esperanças de que o próximo será melhor, meio clichê, mas creio que nada melhor do que um dia após o outro para irmos em busca de sermos felizes. As boas noticías têm sido como os dias ensolarados: cada vez mais raros dando lugar a este tempo chuvoso, estúpido e melancólico. Tudo um tédio sem fim. Hoje pensei tanto em minha "nada mole vida" que uma voz bem lá no fundo do meu peito parecia querer extrapolar boca afora e gritar: "como será daqui pra frente?" "Algo irá mudar?" "O que o destino me reserva?" Perguntas tolas que me apavoraram por um bom tempo fazendo com que eu permanecesse toda a manhã deitado em um quarto escuro com um ar comprimido pela falta de ventilação ali presente.Ficava olhando na TV as caras e bocas de uma mulher loira que só falava de receitas altamente calóricas e depois começava a ler mensagens de auto ajuda para os fracassados. Não. Não achei que tais mensagens fossem para mim. Porém achava uma estupidez de minha parte ter que compactuar com tamanha tolice. Não queria fazer parte daquele dramalhão mexicano, não naquele instante. Me ergui da cama, desliguei a caixa cor de prata, mas não me levantei. Fiquei ali, sentado sobre a cama toda desarrumada, cabelo amassado dos dois lados dando a impressão de um falso corte moicano e um mal hálito matinal que já me acostumei. Começo a fitar o chão como se ele fosse me responder algo, em busca de algum movimento mas não obtive resposta alguma a não ser uma característica que nunca havia observado: os desenhos do carpete ao qual estavam meus pés e que meus olhos passavam a fixar durante alguns minutos eram uma mistura de algo psicodélico nada mais além disso.De tudo uma certeza: Meu chão estava se abrindo cada vez mais não dando mostras de alguma luz mas ainda estava literalmente sob meus pés.

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