quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O Louco está a solta pelas entranhas dos nossos pensamentos

Às vezes eu mesmo me questiono e sempre cobro de mim mesmo."Não pode ser assim Warlen, tem que ser sempre mais um pouco." "Se você tivesse se esforçado um pouco mais...dava pra ter ido viu, seu merda!" Dái paro na frente do espelho nos dias de extrema felicidade e começo a gritar em todos os sons, em todas as vozes uma palavra que não sai da minha boca por nada "BUCETA, BUCETA, BUCETAAAAAAAA!!!" Minha mãe desesperada pede pra que eu pare mas eu não consigo. É muito mais forte .

Vou correndo pela casa,entro no meu quarto, paro de frente ao meu espelho e pergunto: "Quem é você? De onde veio? porquê está aqui? Qual será a sua missão?" Me calo e fico algum tempo, olhando para o meu reflexo, na ânsia de obter alguma resposta do outro lado.

Adoro ficar por um longo período lembrando de tudo isso e a me perguntar, sem gritar e sem me olhar no espelho: "Warlen, será que você é normal?" A resposta é bem simples. Se depender de mim, se o quesito normal estiver inserido numa pessoa ordinária, que segue todos os tipos de padrões, regras e normas de inúmeras etiquetas, estou completamente louco. Do contrário, só com dez anos de análise pra saber a resposta. Se bem que "louco" eu não sou. Faço xixi nos lugares mais extratégicos e polêmicos possíveis mas não pratico agressão a domésticas e ou classes mais desfavorecidas e muito menos coloco fogo em índios por pura "diversão".

"Eu juro que é melhor não ser o normal se eu posso pensar que Deus sou eu...mas louco é quem me diz e não feliz...eu sou feliz!"

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Perdas e Danos

E eis que ontem recebi um scrap no meu orkut com os seguintes dizeres: "preciso conversar com você, é sério você está on line?" No momento em que li, pensei que fosse mais alguma fofoca ou algo que o valha, mas a parte onde dizia "é sério" me fez pensar a noite toda me deixando preocupado.

Foi só a partir das 11:00h desta terça - feira que consigo um novo contato. "Amanda, estou on line, pode dizer." E a conversa da início a uma pergunta. Eu não entendi nada, mas ela foi juntando os fatos, ou seja, vulgarmente falando, dando nome aos bois. E as cabeças referidas eram o Alan (meu ex - aluno) e seu amigo Joseph. De acordo com o que me foi dito, ambos sofreram um acidente gravíssimo de carro onde uma vida foi drasticamente retirada e o outro acompanhante ainda está internado fora de perigo, com um braço e uma costela quebrada.

O que mais me chamou a atenção, foi o fato de praticamente quase um dia atrás, estarmos reunidos na festa de comemoração do aniversário da Amanda e a mesma me dizer que a pessoa que não resistiu, estava na nossa mesa juntamente com o Alan.

A sensação foi a de um frio na espinha incalculável que subiu até meu pescoço me deixando atordoado. Me esforço até o presente momento na intenção de memorizar o seu rosto, mas todo esse esforço é em vão. De uma coisa eu tenho absoluta certeza: temos todos que nos unir e rezar para que sua alma tenha algum conforto e que o mesmo não sofro neste outro plano material.

Mais uma vida que se vai e eu não sei qual o seu motivo e não me enteressa pelo menos agora. Mas o que na verdade me chamou muita atenção foi o fato dessa pessoa estar a poucos metros de mim, compartilhando da mesma alegria e em menos de um dia já não fazer mais parte desse mundo. Tudo isso me remete a uma sensação horrível. Um gosto amargo na garganta.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Memória

Hoje esse tempo me remeteu a um passado não muito distante. Um passado de alguns poucos dez ou oito anos atrás. Lembrei disso por volta das 13:00h, no momento em que o céu começara a despencar água que não era pouca. Toda vez que isso acontecia, eu ficava numa alegria sem explicação. Corria pra fora de casa, entrava na chuva com o rosto para o alto e a boca escancarada imaginando consumir todas gotículas possíveis.

Ficava rodando, rodando durante algum tempo até que minha mãe me chamasse a atenção furiosa gritando "olha a pneumonia meu filho num caça doença pra sua mãe não". Na verdade aquelas palavras entravam em um ouvido e saíam pelo outor sem que eu me preocupasse. Logo após esse "ritual" ela dizia mais uma vez : "se você adoecer eu num vou fica acordada de noite não hein!" E logo depois entrava para o banheiro, tomava um banho bem quente e ia me deitar debaixo das cobertas com um copo duplo de café com leite e pão com queijo quente e bastante manteiga, era ótima essa vidinha simples, feliz e inocente.

Essas lembranças me vieram a mente como um raio na cabeça assim que me debrucei sobre a janela afim de ver a chuva. Parecia que eu me via na minha rua, parecia um filme, um filme sobre minha infância onde o principal e único telespectador era um homem de 24 anos numa janela de grades cinzas, descascadas com o tempo.

Um tempo bom que não volta nunca mais. Hoje tentei fazer isso novamente, ou seja, voltar ao tempo, café com leite, cobertores, banho quente televisão etc...mas o tempo já não é mais o mesmo e tudo que resta são boas lembranças de um passado cheio de alegrias. Aliás, hoje eu tenho que voltar no tempo, porém bem mais distante. Entrarei de cabeça em 1789.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Carta Russa


Nina, não estou entendendo mais esse seu sumisso. Você ainda se encontra em Moscou? Por que anda se escondendo de mim? Li mais algumas partes daquele caderno de capa preta que confisquei em sua casa e a tristeza ainda permanece como ponto primordial. Queria saber notícias de seu pai, mas além de nunca encontrar você por esses dias, o resto da sua família também sumiu feito a neve nos dias de verão em Moscou.

Gostaria de saber como vai sua vida, ainda tem frequentado a escola? Outro dia, lendo um jornal do governo, me assustei com uma manchete que dizia que o mesmo estaria procurando por toda cidade pessoas dissidentes do exército vermelho. Na reportagem, diziam que esses dissidentes estariam emperrando a máquina soviética do desenvolvimento acusando - os de capitalistas. Temo muito por seu pai mesmo que ele tenha sido deportado da capital eles podem novamente querer prendê - lo nos sujos porões desse regime comunista utópico.


Suas anotações têm me alertado sobre muitas coisas que antes não percebia em nosso governo ou então fingia usando uma bandagem em meus negros olhos. É só olhar ao redor que se percebe a grande falácia a que fomos submetidos. Estamos atravessando um período de subprodução constante que determina todos os comportamentos econômicos e o estilo de vida da URSS.


Como queria te ver minha cara Nina! Temos tanto a conversar e no momento que mais preciso você insiste em se ausentar. Estarei mais uma vez enviando esta para sua residência que ainda se encontra vazia. Mas espero que quando voltar, leia todas e saberá que seu bem mais valioso está em boas mãos.





Warlen Lindorico Guerra Freitas

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A moléstia das três corridas nas semanas mais que ardidas

Esse tempo realmente me deixa em estado de extrema indolência. Um tempo onde eu não consigo produzir nada e tudo o que eu faço, seja esforço físico ou mental, me canso rapidamente. Minhas obrigações ficam quase sempre em cima da hora planejada. O horário de uma hora a mais no relógio só agrava esta situação deixando o tempo mais corrido do que o "normal", fazendo que eu acorde com olheiras, tonteiras, enfim um estado de moléstia insuportável. Saio de casa três vezes na semana por volta das 17:30 na intenção de pegar um ônibus no horário de 18:00h e tudo o que eu consigo é ter que correr como um louco em busca do terminal devido não ter conseguido me arrumar a tempo. Fico ofegante e transpiro feito um porco que devido a falta de uma glândula específica rola no lama na intenção de buscar uma sensação de alívio. O suor sai dos meus poros tão rápido quanto as palavras de baixo calão que profiro aos quatro cantos. Às vezes me sinto bem quando as digo, pois parece que entro em um estado de tranquilidade comigo mesmo. O fato é que esse tempo, essas horas, esse sol ardido, me causam um "calor que definitivamente não me provoca arrepio". As tardes parecem que não vão ter fim e eu torço pra que a noite chegue na ânsia de ter raros momentos refrescantes nessas vinte quatro horas do mais puro fogo. Um fogo que me lembra um caldeirão enorme onde eu sou mais um dos tantos ingredientes que vão se desfazendo com um cozimento voraz desta sopa antropofágica.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Carta Russa

Querida Nina, ontem fui até sua casa para conversarmos mais um pouco sobre atual insatisfação que você vem tendo com o governo soviético. Procurei você por todos os cantos, mas não lhe encontrei, aliás, encontrei um caderno grosso de capa preta, numa mesa de centro, bem próxima ao sofá da sala que me chamou por demais a atenção. Como não havia ninguém e imaginando que você estaria retornando da aula, comecei interessadamente a folear este caderno. Tive uma enorme surpresa! Nele, você vem expressando todos seus sentimentos, toda sua indignação com o governo por estarem fazendo isso com seu pai desmantelando sua família.

Pude observar também que você não transmite quase nenhum momento de alegria e sempre deseja a morte como solução para sua vida. Me impressiona a constante obscessão em querer, a qualquer custo, um suicídio. São realmente, na minha opinião, vastos momentos de baixa estima que você vem passando. Pra mim, sua tristeza, era toda voltada a questão do afastamento de seu pai por ordem do governo. Mas em algumas linhas pude observar o quanto você sofre por outras coisas também. "Lá se foi metade das férias...Tudo é tedioso e desinteressante. O que é a vida? Ando com uma desagradável sensaçãod e amargura na alma, e a cada cinco minutos me pergunto: O que é a vida? Só existe uma resposta simples:
"A vida é um gracejo vazio e estúpido." Fácil de dizer, mas ninguém quer crer que realmente a vida é um gracejo, e ainda por cima estúpido. "

Você vem se culpando demais Nina. Até se achar inferior as suas irmãs Genya e Layalya pude observar em suas anotações. Não estou encontrando um ponto sequer de esperança neste amargo momento de sua vida. Precisamos nos encontrar o mais rápido possível, porém, toda vez que procuro por sua pessoa, nunca encontro ninguém em sua casa. E isto já vem constantemente acontecendo a algum tempo.


De seu amigo

Warlen Lindorico Guerra Freitas

Tempo frenético

O tempo está realmente corrido e ontem eu pude reparar isso. Cheguei da academia , almocei , escovei os dentes já pensando que teria de ir a rua fazer novamente a inscrição para o processo seletivo de professores da rede municipal de ensino. Lembrava que da última vez foi terrível!

Pegar todos certificados de cursos extras, documentos pessoais originais e cópias, organizar, digitar um currículo, entrar numa fila enorme com uma lentidão muito superior, quase em estado de inércia, para que depois uma pessoa me atenda fazendo com que eu forneça alguns dados como por exemplo endereço residencial, telefone etc...

O fato é que esse processo seletivo, não me traz boas lembranças em nada. Já tento pela segunda vez e não sei o que me acontece que não consigo uma boa colocação. Da última vez fiz 20 pontos em 30 questões, entretanto, o problema maior foi o tal do currículo que beneficiava quem tivesse um número maior de horas em cursos extras. A nota também não foi lá essas coisas e eu parei muito pra refletir como por exemplo: onde foi que eu errei? Em que eu tenho que me concentrar mais? E isso vem até dando certo.

Atualmente fiz dois concursos ao longo desse último processo seletivo. O de Ouro Preto, foi terrivelmente difícil pois cobraram muita coisa sobre o Estatuto do Servidor Municipal e eu só havia conseguido o mesmo uma semana antes. Já o de São João Del Rei, não encontrei muitas dificuldades. A prova de história estava fácil, conhecimentos gerais mais ainda. Só dei algumas tropeçadas na Língua Portuguesa que por sinal era interpretação de texto fazendo uma verdadeira "salada" em minha cabeça.

Agora eu penso que tenho que me dedicar neste processo obtendo uma boa nota, mesmo com tantas desconfianças de privilégios que pairam sobre minha cabeça. Ontem, no momento da inscrição, a secretária me perguntou se eu atuava na rede municiçal como professor e ao responder que não, a mesma deu uma pequena assinalada na folha de preenchimento que ficaria com ela. Fiquei com aquilo na minha mente pensando: "Será que quem atua terá alguma vantagem na questão de pontos iguais?" São coisas que às vezes me preocupam e me indignam. Não sei se é bom ou ruim, mas o fato é que tenho que estudar e ter mais malícia nas questões.

Dia corrido, cansaço chegando e eu ainda teria que fazer compras e dar aula a noite. O tempo realmente voa e às vezes não me dou conta, aliás, não dou conta do que eu tenho que fazer ao "longo" do dia no curto tempo que tenho. Isso me faz pensar novamente. Pensar nessa evolução frenética das coisas, a velocidade da informação, a preça e precisão que somos submetidos a resolver algo em menos de 24 horas por dia. O cansaço tem sido o produto dos tempos modernos mais consumido cotidianamente mesmo que todos tentem evitar ele sempre nos desce garganta abaixo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Quarenta anos


Existem pessoas que mesmo ao deixarem este mundo ainda permanecem nos corações de todos aqueles que julgam ter o sangue revolucionário correndo por suas veias. Vindo de uma famíla rica de fazendeiros argentinos, o jovem Ernesto Guevara de La Sierra logo começou a se preocupar, naquela época, com o andamento do mundo, ou seja, com as desigualdades galopantes entre povos ricos e pobres. Vendo isto, ele começa a ajudar pessoas menos favorecidas. Trabalhou voluntariamente oferecendo a leprosos seus serviços em medicina tendo como pagamento a eterna gratidão dos mesmos. Logo depois, como todo coração inquietante de revolucionário, se junta a alguns companheiros que se organizavam contra o imperialismo norte americano imposto aos povos da América Latina. Ao se unir a Fidel Castro e seu irmão Raul Castro, começariam a organizar um plano de luta armada para a libertação da ilha de Cuba que, dominada pelos Estados Unidos da América, servia como uma espécie de área de lazer aos ricos norte americanos. Para isso, se uniram ao principal inimigo dos EUA aspirando um apoio para sua libertação. Feito isto, a ilha sede as pressões da luta armada comandada por Ernesto, Fidel, Raul e Camilo Cienfuegos devolvendo ao povo sua dignidade. Mas, o sonho do guerrilheiro era ainda maior e Ernesto decide espalhar a revolução por toda América Latina tendo como base um discurso esquerdista contra a ampliação do imperilismo ianque. Entretanto, o Che passa por uma cilada na Bolívia onde é capturado por soldados treinados pelas tropas norte americanas denominados de "Ranger's". Enormes torturas foram feitas por eles e só no dia seguinte, eliminaram um dos mais importantes líderes da Revolução Cubana. Ao matarem Ernesto "Che" Guevara, seus inimigos imaginaram que toda revolução estaria acabada. Porém, se enganaram. Ao cometerem esta execução, não imaginariam que após quarenta anos, o "guevarismo" ainda se encontra aceso nos corações de multidões mostrando que seus pensamentos, suas atitudes, foram para lutar por uma maior dignidade de um povo sofrido, de um povo que amargava a explorção dos países desenvolvidos tornando - se a cada dia mais miseráveis. "HASTA LA VITORIA SIEMPRE"

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Onde está a liberdade de expressão?


Oi! Como Você tem passado ulimamente? Me desculpe caríssima amiga mas ontem não pude ver você devido ao fato de me encontrar aterefado com esse meu dia a dia corrido. Porém, hoje estou aqui e estou podendo observar que sua vida, logo depois que seu pai teve de se mudar, ainda continua a mesma tristeza não é mesmo? Como podem fazer isso com um homem tão digno como ele? Às vezes me pergunto se valeu mesmo a pena aceitarmos essa tal "Revolução" que tanto aspiravamos. Nos últimos dias, nosso país vem sendo governado com mãos de ferro e todos nós estamos pagando por não irmos a favor de idéias tão absurdas quanto estas. Me corta de tristeza saber como será nosso futuro se continuarmos a viver sobre tal regime tão autoritário. Outro dia ele fez um discurso se vangloriando de ter arrasado com o regime nazista, mas disconfio do que ele é capaz de fazer aos que se opoem. Bem no mais vou me indo embora pois já são 17h15m e tenho que lecionar hoje. Amanhã, quem sabe nos veremos mais uma vez e você volte a desabafar tudo comigo novemente? Darei sempre um jeito de lhe encontrar na medida do possível. Um forte abraço de seu amigo de hoje e sempre Warlen Lindorico Guerra Freitas

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Quero esse cotidiano


"Vai Warlen levanta daí. Já deve estar quase na hora de você pular fora dessa cama pois o despertador desse seu celular só vai lhe suportar até pelas 08:15, ou não seria esse o conbinado na madrugada das 02:45?" Logo a consciência fala mais alto e eis que desperto, meio tonto,olhos descordenados, já abrindo o bendito celular de luz azul fluorescente e olhando as horas. Antes de abrir o mesmo, olho pela janela, examino o dia e já penso: apaguei mais uma vez e dessa foi pra valer! Logo depois, em questão de segundos uma surpresa. Eram exatamente, ainda 07:15 e eu estava muito além do tempo perdido e do tempo no qual deveria estar de pé. Bom dia Kali! Porque não dormiu comigo esta noite sua ingrata? Será que não tem tido o que merece na minha humilde compainha? "Vamos lá Warlen (dizia ela mais uma vez), pois, como já diziam os antigos: Deus ajuda a quem cedo madruga!". E lá encontrava - me de pé. Passa talco no tênis, tira o pijama quente do corpo, coloca a bermuda do jubileu do ano passado, camisa de malha, desamassa o cabelo, arruma café com leite, pão com mussarela, iogurte de morango com banana, leite e linhaça. E lá vem ela:"Bora lá Warlen, pois você está no ritmo certo e nada de teatro por hoje, nada de torroristo, nada de água nos olhos do palhaço hein!" Passo no banheiro, molho o rosto, escovo os dentes, pego a garrafa d'água de 800ml e saio em direção à rua. Subo o morro, ando reto, passo por trás de você Feliciano e logo depois desço um caminho de pedras largas pedindo que hoje não apareça nenhuma em meu caminho tortuoso. Desço mais um morro e eis que chego ao local de destino. Um pouco suado, olho para ela e digo: "há quatro ou cinco meses que estou aqui e sempre gostei da sua compainha será que hoje poderíamos conversar por mais tempo?" A reposta foi positiva. Ela disse que sim e conversamos intensamente, por rápidos longos trinta minutos. Ela me fez suar como todos os dias, mas hoje senti algo diferente não nela mas em mim. Senti que acordara mais bem disposto, mais restaurado, amigável, enfim, com cara de esperança. Agora, 10:45,um pouco exausto, volto para casa onde pretendo tomar um banho daqueles. No caminho, pensei em rever Nina Lugoviskaya mas acho que deixarei tal encontro para outro dia, ou seja, quando o sol não estiver tão quente e intenso como hoje e quando meu corpo se sentir tão gélido como o de qualquer pessoa, qualquer civil, da triste e sofrida cidade de Moscou. Quem sabe a noite? "Ontem sonhei que eu estava em Moscou dançando pagode russo na boate Cossakou"

terça-feira, 2 de outubro de 2007

UPGRADE???


Eu quero novamente dar otro upgrade em mim mesmo. Sei lá, toda vez que isso acontece eu me sinto melhor. Antes foi um metal na narina, agora será bícep's esquerdo ou direito que vai sofrer um pouco. Ai, ultimamente venho tendo momentos de grande entusiasmo e ao mesmo tempo, de profunda falta de perspectiva.É díficil explicar mas meus pés já foram mais agarrados ao chão do que agora.Sinto que às vezes eu não atinjo um objetivo de uma forma esperada e ou planejada por mim como deveria ser. Dá uma angústia ferrenha que tenta me consumir por completo e depois passa, vagarosamente mas passa. É um sentimento estranho que me deixa um gosto amargo na boca e uma secura na alma insuportável fazendo com que minha aparência passa a se tornar triste, cabisbaixo com as pessoas. Sentimento estranho! Será que estou em fase de depressão? Será uma simples crise na qual não estou vendo a solução que normalmente pode estar a um palmo do meu rosto? É só sei que eu não ando muito bem comigo mesmo e preciso encontrar a solução...tomara que a mesma não acabe ferindo outras pessoas que estão ao meu redor.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Saudade lisérgica


Era fim de semana e a felicidade parecia que não tinha limite. Abraço aos amigos, beijos nos rostos,elogios aos que merecem,cigarros, drogas, cerveja, piscina,barracas, enfim tudo perfeito.Mas de repente bateu aquela saudade!Uma saudade que me deixou tonto, lerdo,mole...eu sentia aquilo como um efeito colateral muito forte que apertava meu peito parecendo que eu iria explodir.Neste momento eu não entendi nada,mas aos poucos fui me dando conta.Era uma música que havia tocado.Era uma música que causou em mim um calor que provocou arrepio.Era uma música que entrou na minha cabeça de uma forma tão rápida, um curso de um rio, um rio que provoca arrepio, um rio que corta a distância, um rio poluido que há poucos dias atrás servia como ponto de referência.E ai volta essa saudade cheia de desejos incontroláveis, incertezas,perigos, verdades. A saudade ultimamente anda me cortando, me dilacerando por dentro e isso tem me feito até bem.Isso tem me feito pensar.Pensar tanto que aos poucos me deparo com as minhas buxexas totalmente...rosadas e isso me faz tão bem!Passam dores, passam mágoas,mas a saudade não passa...saudade, saudade, hoje eu sei o que é dor de verdade.Dor?Mas o que seria essa dor que ao mesmo tempo me deixa tão feliz, tão ativo,despretencioso...tão exitado!